Um estudo recente da Volvo reacendeu o debate sobre a sustentabilidade dos carros elétricos, revelando que a pegada de carbono ao longo do ciclo de vida de um veículo elétrico pode ser até 70% maior do que a de seu equivalente a combustão interna. Isso acontece quando a energia utilizada para recarregar as baterias não é proveniente de fontes limpas.
A análise comparativa entre o elétrico C40 e sua contraparte a combustão interna, o XC40, revelou que os maiores desafios ambientais residem na produção, recarga e descarte das baterias dos veículos elétricos. Quando carregado com energia limpa, o veículo emite consideravelmente menos CO2 do que sua versão a combustão. No entanto, a situação se inverte quando energias não renováveis são utilizadas para a recarga, resultando em uma pegada de carbono que praticamente anula os benefícios ambientais.
De acordo com o estudo da Volvo, os carros elétricos só compensam suas emissões após rodarem cerca de 109 mil quilômetros. A partir desse ponto, o veículo pode se tornar até 15% mais eficiente do que um carro convencional. No entanto, somente quando abastecido exclusivamente com energia limpa, o carro elétrico alcança emissão zero aos 48 mil quilômetros, com um nível de sustentabilidade de 30%.
Diante desses desafios, surge o carro movido a hidrogênio verde como uma alternativa ainda mais promissora. Veículos que utilizam células de combustível, como os movidos a hidrogênio, podem ser até 40% menos poluentes do que os movidos a gasolina. Além disso, se a produção de hidrogênio verde for baseada em fontes renováveis, a diferença de emissões em relação aos carros convencionais pode chegar a 80%.
Esses dados ressaltam a necessidade de repensar não apenas os veículos que dirigimos, mas também a forma como obtemos nossa energia. O hidrogênio verde se destaca como uma opção mais sustentável, oferecendo benefícios significativos para o meio ambiente e contribuindo para a redução das emissões de carbono em larga escala.
Fonte: Inside Evs, Quatro Rodas, Epe, Mobilize.
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